Pesquisa personalizada

SI NHA TERRA TINHA TXUBA...

"Na noz terra ka tem so morna ku koladera també tem munti aznera ki ta barredu pa baxu stera".

Buddha, na Kem ke Buddha

Ami é di tempo ki na C.V. porta ta fikaba aberto pa kem ki kre entra konbersa toma um pratu di kumida ou simplismenti dexa bentu korri. ami é di tempu ki nu ta brinkaba na rua tudu tipo brinkadera ki tinha sem medu sem pressa. antiz di mi era inda maz sabi na kel pontu la. ma terra muda munti kuza perdi munti kuza straga ma també munti kuza muda pa midjor. Saber mais...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

CABO VERDE E SAB' PA KAGA

Ontem assisti à final de Basquetebol masculino do Torneio da Lusofonia, realizado em Almada. Cabo Verde e Angola. O resultado final (ANG-106 x CBV-64) não espelha o que se viveu nas bancadas, com a claque cabo-verdeana a entoar gritos e a dançar ao som da batucada desde o aquecimento para o jogo até o abandono do recinto, mais de 1 hora depois do jogo. Quem viu tal festa até podia pensar que estavamos a festejar a vitória.

Perdemos? Sim, perdemos. Um jogo, não o amor e carinho por aqueles que lutaram e representaram as cores da nação, levando uma parte de nós para bem alto. "Cabo verde é Sab' pa kagá". "O li, o la, é noz ki ta manda". "Kabu Verde, KabU Verdi". "Anoz é bom, anoz é bom ki bali".

Uma final Africana depois de, nas meias-finais, Portugal (3º classificado) e Brasil terem sido eliminados por Cabo Verde e Angola respectivamente.

Eu já adivinhava uma final em festa, não só pelo espectáculo dentro do campo, mas também nas bancadas, pelas claques de ambas as equipas, dois povos amantes de folia, amor pela pátria (em qualquer circunstâncias) e do desporto, dois povos munidos do calor africano entupido nas veias, que demonstraram, com muita cor, som e calor humano, o que é ser africano. Muito calor, literalmente, estava dentro do recinto (Complexo Municipal dos Desportos de Almada - Feijó), que até penso que nem sequer ligaram o ar-condicionado. No café em frente ao complexo desportivo esgottaram-se a água e a cerveja, restando apenas cerveja sem álcool.

Quanto ao jogo, houve muito fair-play e foi, naturalmente, dominado pelos angolanos, muito superiores ao basquete praticado pelos meus compatriotas, diga-se mesmo, que havia um compromisso entre os jogadores angolanos e o cesto cabo-verdeano. Foi uma chuva de triplos que desorientou a defesa "azul".

A diferença no marcador (ANG-106 x CBV-64) mostra, não só a diferença no marcador, como espelha também, a superioridade da equipa vencedora e uma melhor organização dentro e fora do campo. Angola é treinada por Luis Magalhães, nada mais nada menos que um dos melhores técnicos portugueses, várias vezes campeão português pela Portugal Telecom, F.C. do Porto e Ovarense. Ao paso que Cabo Verde trouxe um técnico novo, nigeriano a viver nos Estados Unidos, que nem sequer dirigiu a equipa porque teve de viajar com urgência, o que claramente afectou a equipa, comandada nesta final pelo adjunto Tó, ex-internacional.

Para terminar dou os parabéns a equipa de futebol nacional que conquistou a medalha de ouro, apresentando um bom futebol. E claro felicitar os atletas do basquetebol masculino pela conquista da medalha de prata.

Sem comentários: