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SI NHA TERRA TINHA TXUBA...

"Na noz terra ka tem so morna ku koladera també tem munti aznera ki ta barredu pa baxu stera".

Buddha, na Kem ke Buddha

Ami é di tempo ki na C.V. porta ta fikaba aberto pa kem ki kre entra konbersa toma um pratu di kumida ou simplismenti dexa bentu korri. ami é di tempu ki nu ta brinkaba na rua tudu tipo brinkadera ki tinha sem medu sem pressa. antiz di mi era inda maz sabi na kel pontu la. ma terra muda munti kuza perdi munti kuza straga ma també munti kuza muda pa midjor. Saber mais...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

CABO VERDE - KATIA NAJARA

Recebi hoje um e-mail dando conta de uma brasileira contratada pelo Centro Cultural Brasil Cabo Verde (CCB-CV) para participar numa acção de formação em culinária no arquipélago, no passado mês de Agosto.

Segundo soube a formação correu bem e ficaram todas as partes satisfeitas. Até aqui tudo bem e nada de especial. O que intriga nesse e-mail foi o depois da "experiência Cabo Verde". Essa formadora de nome Katia Najara, que possui um blog de culinária (www.rainhasdolar.com), coloca um post muito depreciativo da cultura, gastronomia, serviços e povo cabo verdiano, como se pode ler no artigo abaixo, intitulado "A comida".

Passo a citar:
"O que para mim é descartado como lixo, é degustado com prazer pelos nativos, já acostumados à sua real"

"Deve haver meia dúzia de bons restaurantes, mas todos tem muito o que evoluir ainda nos quesitos sabor, apresentação e serviço."

In/felizmente o tal post foi retirado do blog da "artista" e a CCB-CV já emitiu um comunicado a distanciar-se de tais declarações contidas no blog. Ver abaixo, comunicado do CCB-CV.

Será que nós somos assim tão "desmazelados" e não vemos para dentro? Ou será que os que vêm de fora são exigentes demais?


Eis o post em questão:
A comida

Come-se mal em Cabo Verde. Por conta da terra árida, de aspectos culturais, e por falta de criatividade também, esta última talvez em decorrência das primeiras. A base da alimentação caboverdiana está no arroz, no feijão, no milho e nos peixes. Não há maiores preocupações com o tempero, que nunca é refogado; não doura-se cebola e alho, eles são cozidos junto com todos os demais ingredientes do prato. Não há etapas, portanto, tudo é feito de uma só vez, e isto faz toda a diferença. O prato mais típico é a katxupa (uma espécie de feijoada com vários tipos de feijão, legumes e carnes brancas e vermelhas, que no dia seguinte vira essa versão guisada aí de cima), o xerém (uma espécie de cuzcuz desenformado), a massa (feita com milho e refogada com legumes e atum), um marisco alienígena chamado percebeus, a moréia (cobra d'água), o pincho (espetinhos de entrada), a linguiça de terra - feita por eles, o pastel de milho com recheio de peixe, e há também o bitoque e pregos, que não comi, mas soube que são pratos feitos com carne, sendo um deles o equivalente ao nosso bife. É que eu só quis saber de peixe, estes sim, motivo de muito orgulho do país. Nunca havia comido um atum que ao menos chegasse perto do que eles têm aqui. Sem falar no ponto de cocção do peixe e legumes, que é perfeito.

Suco aqui é "sumo", quase sempre industrializado, pela escassez de frutas e para evitar riscos de contaminação pela água. As poucas vezes em que tive acesso a suco de laranja integral, tinha gosto de laranja passada. É que elas são importadas e chegam congeladas, de modos que quando descongelam precisam ser consumidas imediatamente, mas como ainda vão para o mercado, sob sol escaldante, já viu, né? O que para mim é descartado como lixo, é degustado com prazer pelos nativos, já acostumados à sua real. Presunto aqui é "fiambre", geralmente muito bons; também há muito cogumelo, que aqui não se trata de gênero caro, ao contrário, o que tem de pizza meia-boca e sanduíche de cogumelo... e por falar em sanduíche, aqui se chama "sandes"; se na chapa, "tosta". O "grog" é o nome da excelente aguardente local, infinitamente mais forte que a nossa; e a cerveja local, a Strela, é bacaninha.

O serviço é bastante distraído. Anotar pedido não existe, e os cardápios, apesar de existirem, só se você pedir. As guarnições são quase sempre arroz branco, batatas fritas e umas rodelinhas de tomate e pepino, não importanto o nível do restaurante. Rola uma pressão também: mal termina-se de comer a entrada, e o garçon já recolhe para trazer o prato quente, quando você ainda pretendia come-la. Parece que eles querem que você coma logo e dê o fora. Eu também senti isso em Lisboa. Os pratos são quase sempre muito brancos ou muito amarelos, sem contraste, e por isso, não muito convidativos. Ah! E a depender de onde se coma de dia, tem que ser com uma mão só, porque a outra é para afastar as moscas. Deve haver meia dúzia de bons restaurantes, mas todos tem muito o que evoluir ainda nos quesitos sabor, apresentação e serviço.


Nota do CCB-CV
Olá, bom dia!

Relativamente à questão que tem circulado na net, sobre um blog de uma formadora nossa que critica Cabo Verde - e felizmente já tirado do mesmo - o CCB-CV tem a informar que não é responsável pelas opiniões pessoais dos formadores convidados a prestar serviço no quadro da sua programação cultural para Cabo Verde.

Marilene Pereira
Diretora do CCB-Cv

7 comentários:

Anónimo disse...

E disse alguma mentira a brasileira? Come-se bem nos restaurantes da Praia? As frutas que cá chegam não vão para os mercados num ponto que os europeus já as teriam reservado ao lixo?

khalo disse...

No texto eu digo isto:
"Será que nós somos assim tão "desmazelados" e não vemos para dentro? Ou será que os que vêm de fora são exigentes demais?"

Cabo Verde como destino turístico, ou candidato a isso, tem que investir seriamente na qualidade dos serviços.

Como caboverdiano doi-me ouvir essas coisas sabendo que grande parte é verdade. Agora temos uma entidade reguladora vamos lá ver o que acontece.

Anónimo disse...

(1)
As últimas estimativas do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) davam ao país 499.796 habitantes em 2008. A população dos 0-4 anos constitui 11,9% da população, a dos 5-14 anos perfaz 23,53%. Ou seja 43% da população é constituída por crianças e pré adolescentes. Há cerca de 200 mil crianças , mais- menos.
200.000 crianças no país e a Kátia Najara escreve o seguinte "O país sofre muito com a questão da droga, e um dado que me assombrou é que 50% das crianças com até 6 anos, são incitadas pelos pais a consumir alcool como forma de acalma-los, tornando-os viciados desde muito cedo." Segundo a INE o país têm 60.000 crianças dos zero aos quatro anos. Segundo a Najara os pais cabo-verdianos, profundamente católicos, dão a 30.000 bebés álcool para os acalmar. Somando a esses trinta mil bebés aquela franja que fica entre os quatro e os seis anos. Mas o exercício lógico aqui é simples. Se metade dos bebés são viciados em álcool ( palavras de Najara: “ tornando-os viciados desde muito cedo”) I sto quer dizer que temos, cerca de 100 mil crianças alcoólicas. Sim porque Najara diz expressamente: “um dado que me assombrou é que 50% das crianças com até 6 anos, são incitadas pelos pais a consumir alcool como forma de acalma-los”) e de certeza que a prática vem de a muito estando socialmente institucionalizada.

Crioulo

Anónimo disse...

(2)
I-PERGUNTAS:
1- Aonde que Najara foi buscar esses “dados”!??? Ao Instituto Nacional de Estatística?
2-Segundo Najara este comportamento do pais cabo-verdianos que embebedam 30.000 mil bebés, eu e tu meu conterrâneo, é feito… “como forma de acalma-los”. Acalma-los do quê Kátia Najara, porquê? Que difereça têm os bebés cabo-verdianos para que mais de 30.000 deles ( palavars tuas: “50% das crianças com até 6 anos, são incitadas pelos pais a consumir álcool”) sejam deliberadamente alcoolizadas!???
3- “tornando-os viciados desde muito cedo” temos milhares, milhares e milhares de crianças viciadas em álcool em Cabo Verde!? Dados recentes do ministério de educação dão conta que a cobertura do ensino básico integrado abrange 96% das crianças Cabo-verdianas. Ou seja não há sítio melhor para observar estas milhares e milhares de crianças alcoolizadas do que nas escolas, decorrente da afirmação de Najara de que: “50% das crianças com até 6 anos, são incitadas pelos pais a consumir álcool… tornando-os viciados desde muito cedo”.
4 – Milhares e milhares de pais cabo-verdianos, cristãos confessos, católicos sua grande maioria, que resistiram a tudo para viver nestas ilhas embebedam os seus filhos, Najara, para “acalma-los” !???????.

Crioulo

Anónimo disse...

(3)
II – Esta afirmação, gravíssima de Najara demonstra a pessoa insultuosamente inculta e paupérrima de espírito que ela é. Assim como o nível baixíssimo do seu QI propenso a fabricar mitos bestas como as com que convivia Alvares Cabral ( que tenta desculpa-la) no tempo em que os havia índios no Brasil com três cabeças.
III Acredito que boa parte destas afirmações a Najara as recolheu nos Brasileiros que residem em CV, e não tendo ela racional espírito crítico, porque nela não mora a sagacidade, apenas uma primária empáfia alcoolizada de lugar comum, prontamente acreditou nelas e as terá colorido ( “50% das crianças com até 6 anos” !???). Reparem que nenhum brasileiro que comentou aqui, incluindo os disfarçados de cabo-verdianos na pessoa de Alvares Cabral e outros, pediu desculpas pelas aberrações afirmadas por Najara. Tentaram sempre minimizar: “ratu ta mordi ta sopra”. Aliais coisa diferente não fizeram os Nazistas antes de trucidarem milhões de Judeus. Os Judeus que mataram Deus embebedavam os seus bebés para os tornar mais propensos as “satánicas” actividades a que se dedicavam ; Najara diz: “50% das crianças com até 6 anos, são incitadas pelos pais a consumir álcool” ; são mais de trinta mil.

Crioulo

Anónimo disse...

(4)
IV - Se a Kátia Najara fosse uma turista que escrevesse essas aberrações o caso não teria repercussão nenhuma. O problema é que a dita indevida veio num programa que envolve o diálogo intercultural. Veio através da embaixada do Brasil, que como instituição representa o estado brasileiro e os brasileiros. E não acredito que o estado Brasileiro mandaria uma qualquer para promover o diálogo intercultural. Apesar de a sua escrita mostrar a pobreza do seu espírito e cultura. ** A Embaixada do Brasil deve uma explicação aos cabo-verdianos. Ou demarca-se do que esta indevida afirmou ou diz que corrobora: mas neste último caso exigiremos a prova de que: ” 50% das crianças com até 6 anos, são incitadas pelos pais a consumir álcool como forma de acalma-los, tornando-os viciados desde muito cedo “. A este propósito penso que as associações cívicas como a pró-praia devem intervir procurando esclarecimentos junto da embaixada brasileira.
V – Não sei que educação os pais deram a Najara, não sei que tipos de abusos sofreu em criança por parte dos pais ou pessoas próximas, e nem sei se a educaram a julgar que tais aberrações a comportamentais são normais. Não sei se a Najara enfiou pela goela abaixo do seu filho, ainda bebé, a famosa cachaça Brasileira, tendo sido este o comportamento dos seus para com ela, mas de uma coisa sei, esta Kátia Najara é embrutecidamente inculta e burra.

Unknown disse...

ela não teve um guia como deve ser..e não teve contactos com verdadeiras rainhas do lar...porque na minha familia e todos os meus amigos pelos menos fazem refogado..ela nem sequer teve contacto com o que é relamente tradicional, não experimentou os nossos sumos naturais..e nem sequer sabe falar portugues..pois bitoque não é tradicional..enfim...fala em lisboa...mas também não foi aos lugares certos, no site fala sobre o luxo na simplicidade mas mal sabe o que é simplicidade...
quanto a comida nos supermercados com certeza não estão nas melhores condições..visto ter batas podres e frutas podres nos supermercados..
no entanto ela não viu o que é bom na nos terra sabi...sab pa cagá ó...