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SI NHA TERRA TINHA TXUBA...

"Na noz terra ka tem so morna ku koladera també tem munti aznera ki ta barredu pa baxu stera".

Buddha, na Kem ke Buddha

Ami é di tempo ki na C.V. porta ta fikaba aberto pa kem ki kre entra konbersa toma um pratu di kumida ou simplismenti dexa bentu korri. ami é di tempu ki nu ta brinkaba na rua tudu tipo brinkadera ki tinha sem medu sem pressa. antiz di mi era inda maz sabi na kel pontu la. ma terra muda munti kuza perdi munti kuza straga ma també munti kuza muda pa midjor. Saber mais...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

CABO VERDE/DROGA - RELATORIO DA ONU

TRÁFICO DE COCAÍNA SEGUNDA ACTIVIDADE MAIS RENTÁVEL APÓS PETRÓLEO - ONU

O tráfico de cocaína é a segunda actividade económica, a seguir à extracção de petróleo, mais rentável na África Ocidental e envolve milhares de pessoas em África, mas também na Europa.

A constatação é de um relatório da ONU, Escritório sobre Drogas e Crime, hoje apresentado na Cidade da Praia, onde decorre uma conferência internacional sobre narcotráfico, que junta ministros dos 15 países da CEDEAO - Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

Alerta o documento que navios e aviões carregados de cocaína, vindos da América Latina, estão a entrar em portos e aeródromos mal vigiados da África Ocidental, onde a droga é depois distribuída em pequenas doses e enviada para a Europa, em voos comerciais, em barcos ou, por terra, em jipes.

"A cocaína importada da África Ocidental vale quase dois mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) por ano em cidades europeias", lê-se no relatório.

O documento especifica que Espanha e Reino Unido são os principais mercados consumidores, embora a droga possa também transitar por Portugal e França, países com semelhanças culturais e ligações aéreas com a região.

"Países pobres como a Guiné-Bissau não podem controlar as suas costas ou o seu espaço aéreo. A polícia é quase totalmente desamparada contra traficantes bem equipados e bem relacionados", diz a ONU, referindo que pelo menos 46 toneladas de cocaína foram apreendidas na rota para a Europa, via África Ocidental, desde 2005.

Mas a ONU alerta que a maioria dessas apreensões aconteceram por acaso e salienta que "falta aos procuradores e juízes a prova ou a vontade de trazer à justiça os criminosos que foram amigos poderosos".

Na África Ocidental, segundo o documento, as instituições de justiça são "altamente vulneráveis à corrupção" e os traficantes internacionais quando são presos "raramente são condenados".

Responsáveis da ONU disseram hoje na Praia que se os países não controlarem o fluxo de droga acabarão por ser controlados pelos narcotráficos, em termos económicos e políticos.

O próprio relatório da ONU é claro quando diz que há o risco claro de países da África Ocidental se tornarem "Estados-shell", isto é, "soberanos no nome mas escavados no interior por criminosos, em conspiração com funcionários corruptos no governo e nos serviços de segurança".

Esta situação, preocupante segundo a ONU, surgiu nos últimos quatro anos, na sequência do declínio do consumo de cocaína nos Estados Unidos e aumento na Europa, além da valorização do euro, hoje uma moeda muito apreciada.

A ONU diz que a maioria da cocaína que entra na região oeste-africana e que vem da América do Sul faz uma paragem na Guiné-Bissau e no Gana, sendo depois traficada entre países da região e de seguida transportada para a Europa.

"Foram apreendidas aproximadamente 3,4 toneladas de cocaína de 1.357 correios em voos comerciais da África Ocidental para a Europa desde 2004", especifica o documento.

Mais de metade dessa droga apreendida (55 por cento) foi-o em voos provenientes do Senegal, Nigéria, Guiné-Conacri e Mali.

A Nigéria foi o país com mais nacionais detidos como correios da droga, mas em Portugal a maioria dos detidos pelo mesmo motivo são cidadãos de CABO VERDE e da Guiné-Bissau.

Metade da cocaína apreendida destinava-se a Espanha e Reino Unido, sendo que cidadãos da Nigéria, Guiné-Bissau, Mali e CABO VERDE são os principais transportadores para Espanha, enquanto que nigerianos e britânicos fazem o transporte para o Reino Unido.

O relatório indica ainda que a heroína também transita pela região, especialmente através de correios da Nigéria, que operam a partir do Paquistão. Desde 2000, foram apreendidas 2,4 toneladas de heroína na África Ocidental.

FP.

Lusa/Fim


Fonte: RTP